domingo, 20 de junho de 2010

Sexualidade e Escola

        A sexualidade sempre foi um tema de difícil discussão, sobretudo nos contextos escolares. Esse fato levanta a hipótese que para além da dificuldade de se trabalhar tal temática, existe uma força extra muros, que consolida a questão. Tal pressuposto traduz a necessidade de desvelar o parâmetro educacional da sexualidade na conjuntura escolar, tendo em vista a sexualidade como parte integrante e constituinte deste sujeito aprendiz.

       Isto implica uma profunda discussão do processo educacional, uma vez que toda a cultura e conhecimentos são construídos ao longo do desenvolvimento humano, onde a escola e os educadores assumem responsabilidades fundamentais nessa formação, o que vai de encontro com as orientações dos Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs) que tem a intenção de estimular a reflexão sobre os currículos escolares, numa proposta maleável, que pode ou não ser utilizada pelas escolas na elaboração de suas propostas curriculares, pois a sexualidade é o que há de mais íntimo nos indivíduos e aquilo que os reúne globalmente como espécie humana. 

       De seus princípios básicos, a escola é entendida como uma instituição formada por seres humanos, pais e mães, professores, alunos e funcionários, muitas vezes não é vista como um lugar onde a sexualidade deva ser expressada ou discutida. Em seu aparente silêncio, na verdade ela fala o tempo todo sobre sexualidade. O espaço da sala, a forma das mesas, o arranjo dos pátios de recreio, a distribuição dos dormitórios, os regulamentos elaborados para vigilância, tudo fala silenciosamente da maneira mais prolixa da sexualidade das crianças.

       A sexualidade humana figura como um dos temas mais inquietantes e, quase sempre, mais recusados no universo prático do educador. Entretanto, cada vez mais a escola tem sido convocada a enfrentar as transformações das práticas sexuais para além de tudo o que a sexualidade, num contexto histórico-cultural, foi reprimida e relegada ao silêncio.


Trecho de.
LUZ, Luiz Otavio. Subjetividade e Sexualidade no contexto escolar
Monografia de conclusão de curso em Psicologia, 
Universidade Federal do Rio de Janeiro, 2007


Será mesmo que a escola é repressora? Será que nós somos culturalmente repressores de nossa própria sexualidade? Como trabalhar o tema em sala de aula? Devemos trabalhar? Se trabalharmos, podemos estimular algo?
Ficam as perguntas para possíveis questionamentos....

Luiz Otavio e Daniel
 

terça-feira, 25 de maio de 2010

Nós e a Escola. Situações, ações e conflitos: Bullying




Nesta última semana, em uma das principais redes de televisão do país, foi ao ar uma reportagem que nos deixou bastante atentos para algumas relações que se desenvolvem dentro da escola: o bullying. Por mais que as vezes normatizamos alguns assuntos, sabemos de sua existência, mas o deixamos passar como se não tivéssemos o conhecimento sobre tal. É claro que como professores e estudantes da temática da educação, estudamos o assunto, não só em  nossos cursos universitários, mas também em leituras de revistas e livros que tratam do assunto... No entanto, como enfrentar efetivamente essa situação dentro de nossas salas de aula?

Em todos os ambientes onde pessoas se encontram , sejam eles:  de trabalho, na família, em igrejas ou tribos, estabelecimentos comerciais, hospitais... as relações interpessoais acontecem e fluem, assim, como em qualquer outra instituição. Nas escolas elas também se originam e  se evidenciam, com certos dissabores entre seus agentes. Contudo, nem sempre estas relações são tão saudáveis quanto gostaríamos que fossem.  Neste contexto se estabelece o Bullying, que tem como protagonistas a vítima, o agressor, o espectador  e seu círculo.

        A vítima muitas vezes é humilhada, e pede a todo momento para que as supostas “brincadeiras” parem... Nesse vai e vem, falta às aulas sem motivo, apresenta baixo rendimento escolar, demonstra insegurança ao se manifestar em público, apresenta manchas  e arranhões pelo corpo – que nem sempre as consegue justificar. Se isola. Prefere se manter afastado dos demais colegas. As agressões verbais ou não se tornam corriqueiras...



Segundo especialistas, as formas de Bullying mais comuns em ambientes escolares são: agressões físicas e verbais; ameaças; brigas; chantagens; apelidos; trotes; roubo; racismo; xenofobias - aversão a tudo aquilo que vem de outras culturas e nacionalidades - intimidações; piadinhas; assédios; xingamentos; alienações; abusos; discriminações e varias outras formas de ridicularizar uma pessoa.


            Na maioria das vezes a vítima aceita todo o seu sofrimento sem dizer nada a ninguém, porem se transforma em uma pessoa triste, constantemente deprimida e sem perspectivas de lutar pelos seus direitos, aceitando tal agressão e assumindo o problema. Acreditando que é mesmo responsável por tais “brincadeiras”  por ser simplesmente diferente dos outros ou um pouco fora dos padrões entendidos como “normais”.

            Ainda é importante ressaltar que o Bullying, não é praticado apenas por alunos e entre alunos. O Bullying pode ser inclusive iniciado por alguma ação ou brincadeira dos próprios professores ou qualquer outro funcionário da escola.

Luiz Otavio Luz e Daniel Almeida.


E você, como trabalharia esta questão ou mesmo, 
como lidaria com esta questão dentro da sala de aula 
e nos outros espaços escolares????

terça-feira, 27 de abril de 2010

A Aula de hoje é...

Podemos perceber que hoje muitos professores, mesmo possuindo a possibilidade de criar em suas aulas, ainda se prendem as características formais da sala de aula, onde o conteúdo é expresso em uma lousa e simplesmente explicado como se fosse algo distante dos aprendizes. Esta imagem relata exatamente isso. A figura central é o saber do educador, já os alunos são aqueles que DEVEM prestar atenção ao que o professor diz. No entanto, o espaço - tão propicio ao desenvolvimento do saber é deixado de lado

terça-feira, 9 de março de 2010

Que escola queremos?

QUE ESCOLA QUEREMOS?




por Fernanda Alessi Tosetto. Giovana Zorzi Zuppa, Silvana Bolzoni, Márcia Breginski, Denise Otobelli, Teresinha A. V. Bertin, Roberta Pelizzer, Franciele de Oliveira*
apresentado em: Supervisores em Rede.http://supervisaoeducamm.blogspot.com/



A partir do estudo do livro de Moacir Gadotti, podemos entender a história da educação no mundo ao longo dos anos e percebemos que muitas tendências surgiram, desapareceram e emergiram. A escola que temos hoje, é fruto dos estudos realizados há algum tempo e nossa prática, com certeza, também. Essas tendências acompanharam os fatos históricos de suas épocas e foram desenvolvidas pela indignação de seus idealizadores, sentida a cada momento vivido por eles.

A escola que queremos provavelmente é emergente de alguma época da história mundial, mas essas idas e vindas da educação são consequência da criticidade humana, pois estamos sempre em busca de mudar o que está acontecendo, dessa forma podemos dizer que:

É como se a mente fosse um grande baú cheio de brinquedos, e nós fossemos uma criança que, deslumbrada escolhe um para brincar, mas logo se cansa, jogando-o de volta no baú, para que outra criança o descubra no futuro. Nos olhos de cada criança, o mesmo brinquedo é sempre uma grande novidade.(GLEISER, 1998)



Atualmente, vemos o poder público importando idéias e ideologias estrangeiras e aplicando em nossas escolas de forma descontextualizada da realidade dos estudantes brasileiros. Mostrando o quanto o professor está desacreditado e desvalorizado. Ao contrário deveriam iniciar a valorização deste profissional, pois já mostramos que vários brasileiros desenvolveram excelentes trabalhos mundialmente conhecidos. Porém se observarem o que nos diz Gleiser, hoje acreditam que essa é a forma correta de proceder, daqui a algum tempo poderão pensar diferente.

Enfim, acreditar, lutar e ter esperança na utopia pedagógica voltada para uma escola de qualidade, com uma visão global da educação como prática social. Se nos propormos a educar os sujeitos históricos, desse processo, ao mesmo tempo em que nos educamos enfrentamos os conflitos e as contradições, não podemos ficar apáticos. Isso encoraja o nosso trabalho como seres sociais, transformadores de uma realidade que de sentido à utopia dessa educação que idealizamos e sonhamos.

Mas afinal, que escola queremos? Provavelmente resposta está no momento histórico atual, no tipo de sociedade que temos, nas necessidades dos seres e a tendência que se enquadra em tudo isso.

BIBLIOGRAFIA



GADOTTI,,Moacir. História das idéias pedagógicas. São Paulo: Ática, 2003.

A imaginação pré-socrática e a origem da ciência, por Marcelo Gleiser:

segunda-feira, 8 de março de 2010

sábado, 27 de fevereiro de 2010

O professor está sempre errado

Quando...
é jovem, não tem experiência
é velho, está superado;
não tem automóvel, é um coitado;
tem automóvel, chora de barriga cheia;
fala em voz alta, vive gritando;
fala em tom normal, ninguém escuta.
brinca com a turma, é metido a engraçado;
não brinca com a turma, é um chato.
chama a atenção, é um grosso;
não chama a atenção, não sabe se impor.
a prova é longa, não dá tempo;
a prova é curta, tira as chances dos alunos.
não falta ao colégio, é um "caxias";
precisa faltar, é um "turista";
conversa com os professores,
está "malhando" os alunos;
não conversa, é desligado;
dá muita matéria, não tem dó dos alunos,
dá pouca matéria, não prepara os alunos.
escreve muito, não explica;
explica muito, o caderno não tem nada,
fala corretamente, ninguém entende;
fala a "língua" do aluno,
não tem vocabulário;
exige, é rude;
elogia, é um debochado;
o aluno é reprovado, é perseguição;
o aluno é aprovado, "deu mole";
é, o professor está sempre errado, mas....
se você conseguiu ler até aqui,
agradeça a ele!!! (Anônimo)

E você, o que acha desse texto?

domingo, 31 de janeiro de 2010

Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa

Como vocês já sabem nossa língua passou por uma reformulação e a ortografia de algumas palavras foram alteradas. Aqui encontram-se algumas regras. Vejam só:

O que foi reformulado

Alfabeto

As letras k, w e y integram novamente nosso alfabeto. Então, temos 26 letras.

Trema

Deixa de existir, menos em nomes próprios estrangeiros e seus derivados.

Hífen

Não se usa:

Nas formações em que o primeiro elemento termina em vogal e o segundo começa com r ou s. nesses casos, dobram-se o r ou o s.

Exemplos: antirreligioso, antissocial.

Nas formações em que o primeiro elemento termina em vogal e o segundo começa com uma vogal diferente, juntam-se os dois elementos.

Exemplos: antiácido, autoaprendizagem.

Em certos compostos em que se perdeu a noção de composição.

Exemplos: paraquedas.

Usa-se:

Nas formações em que o primeiro elemento termina na mesma vogal com que se inicia o segundo.

Exemplos: anti-ibérico, micro-ondas.

EXCEÇÃO: Com o prefixo CO-, não se separa. Exs.: coordenar, cooperação.


Acentuação Gráfica

Não levam acento circunflexo:

Verbos da 3ª pessoa do plural do presente do indicativo ou do subjuntivo, são estes: CRER, DAR, LER e VER e as respectivas formas compostas:

Exemplos: creem, deem, leem, reveem

As palavras terminadas em hiato oo.

Exemplos: abençoo, voo, enjoo.

Não levam acento agudo

Os ditongos ei e oi da silaba tônica das palavras paroxítonas.

Exemplos: assembleia, onomatopeia, jiboia, ideia.

O i e o u tônicos das palavras paroxítonas quando precedidos de ditongos.

Exemplos: feiura, baiuca

O u tônico das formas rizotônicas dos verbos arguir e redarguir.

Exemplos: arguo, redarguo.

Acento diferencial

Não se acentuam mais: para, pela, pelo, polo e pera.

Fonte: Editora FTD

sábado, 30 de janeiro de 2010

Congresso Internacional

Olá!!!! É com grande satisfação que divulgamos o Congresso Internacional sobre Dificuldades de Aprendizagem e do Ensino - Gramado / RS compreendido entre os dias 03 a 05 de junho deste e está parecendo ser bem legal! Espiem lá no site para maiores informações.

http://www.futuroeventos.com.br/eventos/detalhes/apresentacao?evento_id=35

sexta-feira, 22 de janeiro de 2010

A importância de se aprender uma língua estrangeira e prática docente

Vivemos em uma sociedade globalizada onde aprender uma segunda língua é vital. Quando estudamos um outro idoma, não apenas nos oferece uma boa oportunidade para o mercado de trabalho, mas também aprendemos o significado de cultura. Conhecer uma outra língua, leva-nos a compreender um outro estilo de vida e desta maneira passamos a entender melhor o modo de ser e pensar de outros povos. Portanto, acredite nesta nova realidade, visto que ser professor é também está aberto a outros conhecimentos distintos de seu componente curricular.